[Foto: Jornal Público]
O Presidente da Federação Distrital de Bragança do Partido
Socialista já reagiu a esta revelação do secretário de Estado dos Transportes.
Jorge Gomes critica a forma como a medida foi anunciada e sublinha que os
transmontanos não têm alternativa e precisam da A4.
O presidente distrital do PS apela aos transmontanos para
que mostrem a sua revolta com esta medida. Jorge Gomes salienta ainda que ficou
surpreendido com o facto da A4 vir a ter portagens e teme que sejam portajadas
outras estradas do distrito. Também o líder distrital do PSD, José Silvano
reagiu a esta medida diz não ter “qualquer dúvida que os transmontanos se fosse
feita justiça nunca deviam pagar portagens nesta estrada e apenas se realizou,
entre aspas, como alargamento do IP4, logo nunca deviam pagar portagens.
Mas
sabendo também como esta ser o sistema de portagens em todo o país, o que
também dissemos numa determinada altura e que também achamos que o governo
dever ter em conta é que pelo menos não se pague um determinado número de anos
que estivemos à espera e os outros sítios do país já tinham autoestrada”,
refere o líder distrital do PSD. São estas as reações dos líderes distritais do
PS e do PSD em relação ao pagamento de portagens na Autoestrada Transmontana.
Relembramos que esta semana o secretário de Estado dos Transportes, durante uma visita a Alijó, comunicou que o Governo está a estudar uma solução para a introdução de portagens na
Autoestrada Transmontana.
Em reação ao anúncio do Governo, o presidente da Câmara de
Murça, o socialista José Maria Costa, considerou que se trata de mais uma
"machadada no Interior" e acusou o executivo de Pedro Passos Coelho
de "só apresentar medidas que isolam cada vez" este território.
O autarca lembrou que a construção da 'Transmontana' ocupou
grande parte do traçado do IP4 e que, por isso, a única alternativa que existe
atualmente é a "perigosa e cheia de curvas" EN 15.
"No século XXI não se justifica essa estrada. Os
quilómetros medem-se em tempo e regrediríamos aos anos 80 se tivéssemos que
voltar a utilizar a Nacional 15", afirmou hoje à agência Lusa.
Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real e da Federação
Distrital do PS de Vila Real, salientou a "falta de alternativas" à
Autoestrada Transmontana, também designada de A4, pois a via corresponde ao
prolongamento da autoestrada que já liga o Porto a Amarante.
A cidade de Vila Real ficará rodeada de autoestradas
portajadas, desde a A4 à A24, tendo, segundo o autarca "apenas como
alternativa as velhinhas nacionais que estão em constante degradação e onde não
foi feito nenhum esforço de manutenção".
"Ou o Interior reage rápido dando um cartão vermelho a
este Governo ou qualquer dia o Interior vai-se tornar uma terra de ninguém,
porque será impossível investir, criar riqueza e ter qualidade de vida nestas
terras porque não haverá empresas, empresários ou empregos e tudo isto se
tornará num imenso deserto", afirmou.
Luís Tão, presidente da Nervir - Associação Empresarial de
Vila Real, referiu que a região está a ser "completamente fustigada de impostos
que impedem o desenvolvimento e a coesão territorial".
A introdução de portagens na Transmontana é, para o
responsável, "uma má notícia" e "um mau negócio" para os
empresários da região.
"Os nossos empresários foram aqueles que sofreram o
maior aumento de impostos, porque tivemos as portagens na A24, que não era
portajada, tivemos a perda de benefícios fiscais e agora este anúncio de
futuras taxas na A4 Vila Real/Bragança, são impostos que outros empresários não
tiveram no país", frisou.
Quanto ao anúncio do regresso em breve do avião a
Trás-os-Montes, Rui Santos fala em "desrespeito" pelos transmontanos,
acusando o secretário de Estado Sérgio de Monteiro de "tentativa de
ludibriar" a região em vésperas de eleições.
[Fonte: Rádio Brigantia e Agência Lusa]
Sem comentários:
Enviar um comentário