sábado, 17 de maio de 2014

Líderes distritais do PS e do PSD reagem ao pagamento de portagens na A4

[Foto: Jornal Público]

O Presidente da Federação Distrital de Bragança do Partido Socialista já reagiu a esta revelação do secretário de Estado dos Transportes. Jorge Gomes critica a forma como a medida foi anunciada e sublinha que os transmontanos não têm alternativa e precisam da A4.

O presidente distrital do PS apela aos transmontanos para que mostrem a sua revolta com esta medida. Jorge Gomes salienta ainda que ficou surpreendido com o facto da A4 vir a ter portagens e teme que sejam portajadas outras estradas do distrito. Também o líder distrital do PSD, José Silvano reagiu a esta medida diz não ter “qualquer dúvida que os transmontanos se fosse feita justiça nunca deviam pagar portagens nesta estrada e apenas se realizou, entre aspas, como alargamento do IP4, logo nunca deviam pagar portagens. 

Mas sabendo também como esta ser o sistema de portagens em todo o país, o que também dissemos numa determinada altura e que também achamos que o governo dever ter em conta é que pelo menos não se pague um determinado número de anos que estivemos à espera e os outros sítios do país já tinham autoestrada”, refere o líder distrital do PSD. São estas as reações dos líderes distritais do PS e do PSD em relação ao pagamento de portagens na Autoestrada Transmontana. 

Relembramos que esta semana o secretário de Estado dos Transportes, durante uma visita a Alijó, comunicou que o Governo está a estudar uma solução para a introdução de portagens na Autoestrada Transmontana.

Em reação ao anúncio do Governo, o presidente da Câmara de Murça, o socialista José Maria Costa, considerou que se trata de mais uma "machadada no Interior" e acusou o executivo de Pedro Passos Coelho de "só apresentar medidas que isolam cada vez" este território.

O autarca lembrou que a construção da 'Transmontana' ocupou grande parte do traçado do IP4 e que, por isso, a única alternativa que existe atualmente é a "perigosa e cheia de curvas" EN 15.

"No século XXI não se justifica essa estrada. Os quilómetros medem-se em tempo e regrediríamos aos anos 80 se tivéssemos que voltar a utilizar a Nacional 15", afirmou hoje à agência Lusa.

Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real e da Federação Distrital do PS de Vila Real, salientou a "falta de alternativas" à Autoestrada Transmontana, também designada de A4, pois a via corresponde ao prolongamento da autoestrada que já liga o Porto a Amarante.

A cidade de Vila Real ficará rodeada de autoestradas portajadas, desde a A4 à A24, tendo, segundo o autarca "apenas como alternativa as velhinhas nacionais que estão em constante degradação e onde não foi feito nenhum esforço de manutenção".

"Ou o Interior reage rápido dando um cartão vermelho a este Governo ou qualquer dia o Interior vai-se tornar uma terra de ninguém, porque será impossível investir, criar riqueza e ter qualidade de vida nestas terras porque não haverá empresas, empresários ou empregos e tudo isto se tornará num imenso deserto", afirmou.

Luís Tão, presidente da Nervir - Associação Empresarial de Vila Real, referiu que a região está a ser "completamente fustigada de impostos que impedem o desenvolvimento e a coesão territorial".
A introdução de portagens na Transmontana é, para o responsável, "uma má notícia" e "um mau negócio" para os empresários da região.

"Os nossos empresários foram aqueles que sofreram o maior aumento de impostos, porque tivemos as portagens na A24, que não era portajada, tivemos a perda de benefícios fiscais e agora este anúncio de futuras taxas na A4 Vila Real/Bragança, são impostos que outros empresários não tiveram no país", frisou.

Quanto ao anúncio do regresso em breve do avião a Trás-os-Montes, Rui Santos fala em "desrespeito" pelos transmontanos, acusando o secretário de Estado Sérgio de Monteiro de "tentativa de ludibriar" a região em vésperas de eleições.

[Fonte: Rádio Brigantia e Agência Lusa]

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