quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Municípios transmontanos disponíveis para receber refugiados

Os nove municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes disponibilizaram-se hoje para acolher refugiados de forma planeada com as instituições governamentais e humanitárias que estão a tratar do processo em Portugal.

O Conselho Intermunicipal discutiu o tema numa reunião, em Vinhais, no distrito de Bragança, e "disponibilizou-se para no território da CIM, em conjunto com outras instituições, dar início ao processo no sentido de acolher também alguns refugiados", como indicou à Lusa o presidente Américo Pereira.

Segundo disse, os autarcas não chegaram "a falar de números" e acordaram que a maneira como será feito o acolhimento de refugiados "terá de ser devidamente planeada, nomeadamente com as instituições governamentais que estão no terreno a tratar dessa matéria".

"Não chegamos a falar em números porque essa matéria tem de ser desenvolvida, apresentada pelas instituições governamentais e humanitárias que estão a tratar dessa matéria", esclareceu.

Américo Pereira sublinhou que os autarcas transmontanos estão disponíveis para responder àquilo para que sejam solicitados, já manifestaram essa disponibilidade e agora aguardam "o desenrolar do processo em função da própria necessidade que existe em acolher pessoas refugiadas" no país.
"Tudo depende daquilo que fora a necessidade concreta", vincou.

O presidente da CIM garantiu que este território "tem capacidade para receber" os refugiados, defendendo que "é um esforço que todos os cidadãos e todas as instituições devem fazer".
Numa região marcada pelo despovoamento, América Pereira realçou que neste processo "essa é uma questão secundária".

"O que está aqui em causa não é tanto a vantagem que poderá advir para a própria região, antes dar a resposta a uma exigência puramente humanitária", declarou, admitindo que "não se pode negar que reflexamente pode até trazer algumas vantagens para a própria região".

Questionado sobre as condições existentes na região, o autarca afirmou que as regras estão definidas a nível europeu por entidades que coordenam este processo e que não são os municípios ou as instituições a impor as condições.

Os concelhos da CIM Terras de Trás-os-Montes aguardam agora "pelo processo de conversação" com as entidades competentes, sublinhando que "o principal objetivo e o que aqui está em causa é uma questão humanitária".

A Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes é composta por nove dos 12 concelhos do distrito: Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Alfândega da Fé.

Escrito por Lusa
[Fonte: Notícias ao Minuto]

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