A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro defende a criação de uma empresa para gerir o tratamento dos efluentes e resíduos que resultam da transformação da azeitona. Os lagares da região já começaram a laborar e o tratamento dos resíduos e efluentes da indústria do azeite são uma preocupação da AOTAD.
O tema esteve ontem em debate
António Branco afirma que só com uma estrutura com responsabilidade económica, que agrupe todos os agentes envolvidos no processo de transformação da azeitona, é possível gerir os resíduos dos lagares. O presidente da AOTAD garante que é uma questão que ultrapassa a missão da associação, que se tem empenhado na promoção e desenvolvimento da fileira do azeite.
“Nós defendemos um esquema de agrupamento de empresas ou a criação de uma entidade que tenha um estatuto diferente do estatuto associativo. O estatuto associativo é muito bom do ponto de vista sectorial para a defesa daquilo que são os principais temas regionais, mas quando falamos de actividade industrial defendemos o agrupamento de empresas. Aquilo que nós gostaríamos era que existisse uma estrutura onde exista responsabilização económica que faça essa gestão”, defende o presidente da AOTAD.
Os lagares já fizeram grandes investimentos tecnológicos e acabaram com as chamadas águas russas.
No entanto, António Branco afirma que as extractoras que existem na região não têm capacidade para dar resposta a todos os resíduos dos lagares em anos de grande produção de azeitona.
E depois temos a questão dos bagaços que vão para as extractoras e na região a capacidade de extracção não é tanta como gostaríamos. Neste momento, se tivéssemos um grande ano não tínhamos capacidade de tratamento para todos os resíduos da região”, constata António Branco.
A Associação de Olivicultores a defender a criação de uma empresa para gerir o tratamento dos resíduos produzidos pelos lagares da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Escrito por Brigantia
[Fonte: Rádio Brigantia]
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