Rui Moreira defendeu esta semana a criação de uma rede de cidades entre o Porto e Bragança, sem pôr em causa uniões intermunicipais. O objectivo é que a região ganhe poder reivindicativo.
O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, diz que o município está receptivo a todas as propostas que contribuam para atenuar assimetrias entre o litoral e o interior.
“Tudo aquilo que nós pudermos fazer em estreita colaboração com os vários municípios será sempre um benefício para todos e, portanto, se for para promover o desenvolvimento das cidades do interior estaremos também a dar o nosso contributo. E esperamos que essa proposta seja uma proposta que vá de encontro àquilo que são as cidades do interior, mais isoladas, e por isso estamos para contribuir e para dar o nosso melhor a favor desse objectivo”, salienta o autarca.
O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, defende este conceito de agregação e lembra que é fundamental que as cidades do litoral sejam mais solidárias com as cidades do interior do País.
“É sempre importante existir um conceito de agregação e principalmente de participação e de parceria até em termos regionais. O facto de ser um eixo que começaria no Porto e terminaria em Bragança seria ainda mais significativo. No entanto, também é preciso ter em conta que já existem alguns organismos que não tendo essa denominação também trabalho em prol e em conjunto para o desenvolvimento dos conjuntos urbanos e transfronteiriços, e dou o exemplo do Eixo Atlântico. E que são organismos que muitas vezes são desprezados por alguns actores políticos e podam ter algum papel importante. De qualquer forma o mais importante nesta proposta terá que ser sempre um conceito de solidariedade entre a dimensão das cidades e aquilo que é a sua representatividade”, defende o autarca mirandelense.
A presidente da Câmara de Alfândega da Fé também vê com bons olhos esta proposta. Berta Nunes lembra, no entanto, que também é importante associar as vilas a esta rede de municípios.
“Esta ideia de criar a rede é uma boa ideia no sentido de que não vem com o fantasma antigo de que o Porto se quereria afirmar como a capital do Norte, mas em detrimento das outras cidades, mas sim como uma ideia que inclui todas as cidades e toda a região nas decisões e na visão de um futuro para a região Norte. O único senão que eu poderia apontar é que as vilas deveriam também ter um papel nesta ideia de uma região Norte coesa”, realça a edil.
A criação de uma Liga de Cidades, entre o Porto e Bragança, a agradar aos autarcas transmontanos, que defendem uma maior união entre os municípios do litoral e os do interior.
Escrito por Brigantia
[Fonte: Rádio Brigantia]
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