sábado, 26 de outubro de 2013

Concelhia do CDS/PP de Mirandela foi dissolvida

Caiu a comissão política concelhia do CDS/PP de Mirandela por falta de quórum, como consequência da demissão de mais de 50 por cento dos elementos que faziam parte da estrutura concelhia.
Segundo apuramos, a dissolução já foi decretada pela presidente da Mesa da Assembleia concelhia, Graça Calejo Pires, na semana seguinte às eleições autárquicas.

Confrontados com esta situação, quer o líder da concelhia, agora dissolvida, Hernâni Rodrigues, quer a presidente da Mesa da Assembleia concelhia apenas se limitaram a confirmar a dissolução, mas não quiseram prestar declarações gravadas sobre o assunto, alegando tratar-se de um dossier do foro interno do partido.
Ao que a Rádio Terra Quente conseguiu apurar junto de fonte próxima do processo, mais de metade dos elementos da direção da concelhia pediu a demissão, pelo que, estatutariamente, não restava outra alternativa à presidente da mesa da Assembleia senão dissolver a comissão política, liderada por Hernâni Rodrigues, que tinha sido eleito, em Junho de 2012, para um mandato de dois anos.

Os primeiros sinais de rutura interna começaram a sentir-se ainda antes das eleições autárquicas com a demissão de dois elementos.

Durante a campanha eleitoral, foi notória a falta de envolvimento dos principais rostos da concelhia nas ações promovidas pela candidato apoiado pelo partido, o independente Carlos Pires.

Mas, a gota de água para este desfecho, terá sido o comunicado emitido pelo presidente da concelhia, dois dias após as autárquicas, onde o CDS/PP não conseguiu melhor que o terceiro lugar, mantendo apenas um vereador no executivo.

Nesse comunicado, Hernâni Rodrigues assumia a responsabilidade integral dos resultados das autárquicas, sem, no entanto, concretizar qual seria o rumo a tomar, mas também deixou claro que esta mudança de ciclo na liderança da câmara era uma grande janela de oportunidade que o partido não soube aproveitar.
Ao que apuramos, este comunicado apanhou de surpresa vários elementos dos órgãos da concelhia que não tiveram conhecimento prévio do seu conteúdo, provocando várias demissões que resultaram na falta de quórum e consequente dissolução automática da estrutura concelhia do CDS/PP.

Mandam os estatutos do partido, que a Mesa da Assembleia tem um mês para marcar eleições antecipadas.

Também o presidente da distrital de Bragança do CDS/PP confirma esta dissolução da concelhia de Mirandela, mas Nuno Sousa não quis prestar declarações sobre o assunto, alegando que o caso está a ser tratado internamente

[Fonte: Rádio Terra Quente]

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