Falhas no projeto e
construção dos edifícios que foram afetados pelo deslizamento de terras de 4 de
Janeiro, no loteamento Retiro da Princesa, em Mirandela. É o que aponta o
relatório da avaliação técnica.
O incidente,
recorde-se, provocou uma derrocada de muros de suporte e logradouros
danificando estruturas de três vivendas bi-familiares, obrigando quatro
famílias a abandonar as habitações por razões de segurança.
[Foto: TVI]
Apesar dos edifícios
não se encontrarem em rotura iminente, a equipa técnica da UTAD diz não estarem
garantidas as necessárias condições de habitabilidade e sugere um plano de
reforço e reabilitação.
O documento, que já
foi entregue às famílias lesadas, aponta como causas prováveis do
escorregamento de terras, a progressiva deterioração dos materiais do talude,
revelada pelas fissuras nas estruturas que foram repetidamente reparadas. “Esta
deterioração deveria ter sido prevista, estudada e objeto de medidas que
impedissem que a situação evoluísse para o colapso”, refere o relatório que
também aponta o dedo às estruturas de contenção que aparentam ter sido
construídas com deficientes fundações, dado que não existem sequer desenhos de
projeto relativos a um dos lotes em causa.
Após observação dos
danos nas habitações, que em alguns casos são estruturais, bem como o estado do
talude, que não permite afirmar que não ocorrerão deslizamentos adicionais,
esta comissão técnica é de opinião que “não estão garantidas as necessárias
condições de habitabilidade, desaconselhando portanto a entrada nas casas nesta
fase”.
A advogada que representa as quatro famílias afetadas pelo
deslizamento de terras ainda não pretende tomar uma posição sobre o relatório
porque ainda vai analisar o estudo ao pormenor.
Escrito por Rádio Terra Quente
[Fonte: Rádio Terra Quente]
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