quarta-feira, 6 de abril de 2011
Concelho: Colégio da Torre de D. Chama pode ter carácter de excepção
O director regional de educação do Norte deixa uma porta aberta para que o colégio liceal de Torre Dona Chama possa ter carácter de excepção e não deixe de ter contrato de associação como até aqui, reduzindo apenas esse apoio para duas turmas no próximo ano lectivo.
Declarações avançadas por aquele responsável, ontem, durante a inauguração de uma residência para estudantes e de várias infra-estruturas desportivas no colégio daquela vila do concelho de Mirandela.
Apesar de admitir que está mais optimista, a presidente de junta mantém a decisão de boicote às eleições legislativas, porque ainda não há resposta da administração dos CTT sobre a alegada intenção de fechar a estação dos correios.
O Ministério da Educação encomendou à universidade de Coimbra, um estudo de diagnóstico e de reorganização da rede de escolas de ensino particular e cooperativo com contrato de associação. Nesse estudo é proposto que o colégio de Torre Dona Chama passe a ter apenas a comparticipação de duas turmas no próximo ano lectivo, o que iria comprometer o futuro daquela instituição.
Uma das situações que gerou indignação na vila do concelho de Mirandela e que levou a população a decidir, em reunião popular, avançar com petições de protesto e em última caso boicotar as eleições legislativas.
Agora, o director regional de educação do Norte deixa uma porta aberta à possibilidade desta proposta do estudo não se aplicar no colégio de Torre Dona Chama.
António Leite diz que nada está decidido e o facto de na vila não existir oferta de ensino público no secundário, pode jogar a favor do colégio.
“O que há é um estudo, não há nenhuma decisão tomada. Neste momento todas as possibilidades estão em cima da mesa. Primeiro devemos verificar as distâncias, o tipo de oferta existente. E neste local, o Estado não tem oferta. Quanto ao resto, não quero adiantar mais”, diz.
A presidente da junta de freguesia da Torre Dona Chama congratula-se com esta abertura da DREN, mas Paula Lopes prefere aguardar para ver.
“Quando acreditamos no que as pessoas dizem, estaremos no bom caminho. Só temos de nos congratular com o facto de o director regional ter vindo ver o equipamento. Não sei se o estudo tem viabilidade mas deve ser entendido como carácter de excepção para a vila da Torre, porque não existe alternativa estatal.”
No entanto, a autarca ainda espera resposta da administração dos CTT à petição aprovada pela população para que a estação dos correios da vila não feche as portas e mantém de pé a possibilidade de boicote às legislativas de 5 de Junho.
“Não vamos desarmar e continuar até lá. Tomaremos uma atitude mais drástica se for preciso”, garante.
Apesar de mais optimista, Paula Lopes ainda não está completamente satisfeita e a população de Torre Dona Chama pode não votar no próximo acto eleitoral.
Escrito por CIR
[Fonte: Rádio Brigantia]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário