sexta-feira, 27 de maio de 2011
Eleições: Obras do IP4 'travaram' caravana do PSD, no dia em que Passos 'acordou' a campanha a falar sobre aborto
Quando ao início da tarde de ontem a caravana do PSD foi 'travada' em Trás-os-Montes pelas obras do IP4, o líder social-democrata tinha já voltado a 'agitar' a campanha, desta vez sobre a possibilidade de um novo referendo ao aborto.
Ainda o dia de campanha não tinha arrancado quando as palavras de Pedro Passos Coelho sobre a lei que despenalizou a Interrupção Voluntária da Gravidez até às dez semanas 'acordaram' as caravanas.
Em declarações à Rádio Renascença, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu que a última lei do aborto aprovada pelo Parlamento pode "ter ido um pouco longe demais" e tem de ser reavaliada, admitindo a possibilidade de realização de um novo referendo sobre a matéria.
Uma posição que logo começou a merecer comentários das outras campanhas e mesmo de personalidades que estão fora das caravanas.
Sem agenda da parte da manhã, reservada para um encontro informal com os jornalistas que seguem a campanha do PSD, Passos Coelho só voltou a falar sobre o assunto ao chegar a Mirandela, onde almoçou no Centro Juvenil Salesiano, para garantir que não vai propor um novo referendo sobre o aborto, apesar de admitir que isso possa acontecer por iniciativa de cidadãos que apresentem uma petição ao Parlamento.
Desde o arranque da campanha esta não foi, contudo, a primeira vez que declarações do líder do PSD 'marcam' a agenda de campanha, provocando reações e contra-reações entre as caravanas partidárias que estão na estrada para as eleições de 05 de junho.
Já foi assim na quarta-feira, com a sugestão de Passos Coelho de que há "medo" na sociedade portuguesa, o comentário sobre os dados da execução orçamental no dia anterior ou o 'caso' da "ocultação" de nomeações para cargos intermédios da administração pública.
Contudo, outro acontecimento completamente diferente acabou também por marcar o arranque do primeiro dia da caravana 'laranja' por terras de Trás-os-Montes, com uma paragem forçada de 40 minutos em pleno IP4, perto de Murça, debaixo de um sol forte e uma temperatura de 30 graus.
A paragem forçada levou a que a caravana, que já tinha saído de Vila Real com cerca de meia hora de atraso, chegasse ao almoço depois da uma da tarde.
"Estivemos retidos como sabem no IP4, nas obras que estão a ser realizadas durante bastante tempo", explicou o líder do PSD aos apoiantes no final.
Bem-disposto, Passos Coelho aproveitou ainda para gracejar com a situação: "Nós em Portugal não somos tratados todos da mesma maneira, e portanto, humildemente estivemos a aguardar que as obras se realizassem, os rebentamentos que estavam previstos que se concretizassem".
[Fonte: Agência Lusa]
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