São lágrimas de crocodilo hipócritas. É desta forma que o presidente da câmara de Mirandela reage à denúncia de três meses de salários em atraso aos docentes da ESPROARTE e às críticas ao executivo protagonizadas pelo vereador do CDS/PP, Nuno Sousa.
António Branco recorda que a escola profissional de arte é financiada a cem por cento por um programa comunitário, mas que todos os anos tem este tipo de problemas burocráticos, em determinada altura, necessitando que o município antecipe os pagamentos.
O que acontece, nos últimos dois anos, é que a autarquia tem maior dificuldade em realizar essa antecipação fruto das dificuldades económicas“A Esproarte é financiada por uma programa, o POPH, que financia a escola, que apenas faz as transferências depois dos pedidos de pagamento. Para se conseguir pagar a horas é preciso fazer antecipações financeiras.
Ou se vai ao banco, o que tem custos, ou aguarda-se que o dinheiro chegue. Isto sempre foi assim. Tem havido alguns atrasos porque tem havido problemas com antecipações. A câmara municipal tem feito essa antecipação, recorrendo ao aval pessoal do seu pessoal. Tem havido algumas dificuldades em conseguir as antecipações, o que provocou algum atraso.
”No entanto, acrescenta António Branco, já foi aprovado um subsídio de 200 mil euros para garantir este mecanismo de antecipação em futuras situações de atrasos nas transferências das verbas do programa comunitário“A câmara municipal já aprovou um subsídio de 200 mil euros para esta associação para garantir algum equilíbrio”, sublinhou.
É a reacção do presidente da câmara de Mirandela à denúncia do vereador do CDS/PP sobre o atraso de três meses de salários em atraso aos docentes da Esproarte, criada em 1990 através de contrato programa entre o Estado e a Câmara de Mirandela.
Escrito por Terra Quente (CIR)
[Fonte: Rádio Brigantia]
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