O Turismo de Portugal só está à espera de saber se a câmara de Mirandela aceita ficar apenas com a formação.
A secretária de Estado do Turismo disse, na Comissão de Obras Públicas e Economia, que vai encerrar quatro das 16 escolas de hotelaria e turismo do País, nomeadamente, Mirandela, Fundão, Santa Maria da Feira e Santarém.
Cecília Meireles avançou no Parlamento que a decisão de encerrar estas escolas foi tomada tendo em consideração diversos critérios, que têm que ver com a procura, com as instalações e com o investimento que precisava de ser feito nos próximos anos e para o qual não há verba.
Em todos os casos de encerramento que estão em causa foi dada a oportunidade de celebração de um protocolo com as autarquias em que era assegurada formação”, afirma a governante.
Nesse sentido, deixou à consideração do executivo, liderado por António Branco, três opções para a implementação e o desenvolvimento deste processo, mas deixando bem claro que qualquer uma delas tem como objectivo “minimizar os impactos decorrentes do encerramento desta EHT”, refere a proposta.
Ao TP cabe, exclusivamente, a coordenação técnico-pedagógica da formação e a disponibilização do corpo docente.
No entanto, será obrigatório não abrir novas candidaturas para o ano lectivo 2012/2013 e a manutenção da escola nas actuais instalações, com renegociação do protocolo vigente, passando a suportar o Município os encargos de financiamento da escola (luz, água, gás, segurança, limpeza e manutenção do edifício) e assumindo o TP os encargos relativos à formação (corpo docente, bens alimentares e equipamentos).
A opção final, passa pelo encerramento imediato da escola, com a transferência dos seus actuais alunos e funcionários para outras escolas do TP em condições a acordar entre os alunos, encarregados de educação e funcionários do Turismo de Portugal, sendo que as escolas mais próximas sejam em Lamego, Porto ou Viana do Castelo.
O seu “nascimento” e a sua “morte” foram ditados pelo PSD e pelo CDS/PP, cuja coligação sustentava o Governo em 2004, o mesmo acontecendo nesta altura.
Contactado o presidente do Município de Mirandela, para conhecer a sua reacção a este anunciado encerramento, António Branco remeteu para os próximos dias declarações sobre este caso, alegando estar à espera de resposta do Turismo de Portugal a uma contraproposta que diz ter enviado, mas da qual não quis, para já, dar pormenores do seu conteúdo.
A Câmara Municipal gastou mais de 300 mil euros em obras para pôr o edifício a funcionar, por isso, António Branco revelou, há duas semanas, que vai exigir os valores que gastou no espaço.
Escrito por Terra Quente (CIR)
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