O serviço de cirurgia geral do hospital de Mirandela pode vir a encerrar. É pelo menos essa a proposta da Carta Hospitalar, elaborada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e que está em discussão pública. Segundo o Jornal de Notícias, a ERS propõe o encerramento de 15 serviços de cirurgia em todo o país, entre os quais Mirandela, Chaves e Lamego.
O presidente da câmara de Mirandela contesta esta proposta, dizendo que não faz qualquer sentido.“Nós consideramos que o encerramento da cirurgia em Mirandela não tem qualquer razão de ser porque nós temos dois bons blocos que neste momento estão praticamente abandonados”, afirma, acrescentando que “essa opção não tem qualquer tipo de racionalidade.
Tem apenas a ver com uma opção de diminuição de serviços em função de outros”. Por isso o presidente da câmara entende que “esta situação tem de ser reavaliada e nós vamos continuar com o processo que temos no Tribunal Administrativo para que seja reposta a cirurgia no hospital”.
António Branco manifesta-se preocupado com esta proposta porque pode pôr em causa a manutenção da urgência médico-cirúrgica na cidade do Tua.“A cirurgia é a nossa grande preocupação porque tem a ver com a questão da urgência e nós queremos salvaguardar a sua manutenção, para que ela se mantenha como médico-cirúrgica de acordo com o protocolo que assinámos e com as especialidades que estavam previstas”, afirma.
A Carta Hospitalar propõe ainda a abertura em Mirandela do serviço de obstetrícia de ambulatório, mas sem partos. O autarca local entende que para tal é necessário assegurar outros serviços.“Temos de pensar que a manutenção deste serviço tem de estar associada à manutenção de outro tipo de serviços que não podem ser encerrados, como é o caso da pediatria que nós também exigimos que se mantenha em Mirandela”, refere.
O município promete contestar a Carta Hospitalar junto da ULS Nordeste, ministério da saúde e se for preciso também nos tribunais.
Escrito por Brigantia
[Fonte: Rádio Brigantia]
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