Cidade: António Branco assume Metro e Matadouro como principais dificuldades

António Branco assume que não é fácil, mas diz estar preparado para enfrentar o novo desafio de ser presidente do Município de Mirandela até às eleições autárquicas de 2013, substituindo José Silvano que renunciou ao mandato, a 31 de Dezembro.

António Branco revela que, nos últimos dois anos já trabalhou mais directamente com o presidente cessante e tem a experiência de vários pelouros adquirido nos dez anos que está no executivo. “Do ponto de vista do que é a actividade municipal sinto-me preparado porque neste dois últimos anos tive o privilégio de trabalhar de forma muito próxima com o presidente da câmara e ter intervenção em praticamente todos os pelouros, o que me deu possibilidade de ter um grande á vontade em relação a toda a actividade municipal” refere, salientando que “há uma mudança clara em termos de função que tem a ver principalmente com a mudança institucional do concelho e das suas aspirações”.

Na primeira entrevista na qualidade de presidente da câmara de Mirandela, António Branco diz ter consciência que assume o cargo em tempo de vacas magras, mas por outro lado, as dificuldades são motivadoras. Dos dossiers que vai ter em mãos, assume que os que causam maiores dores de cabeça são o Metro e o matadouro do Cachão.António Almor Branco, 44 anos, casado, três filhos, licenciado em Engenharia Electrotécnica – Ramo de Sistemas Industrias pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

É o novo presidente da câmara municipal de Mirandela, Depois de dez anos no executivo liderado por José Silvano, António Branco passa a gerir os destinos do município até às autárquicas de 2013. Quando confrontado se a sua gestão será pautada pela continuidade da linha de Silvano, ou pela ruptura, o novo presidente assume apenas que a conjuntura actual é diferente.“As pessoas são diferentes, as formas de estar também, porque efectivamente tenho uma visão diferente em relação a algumas questões, mas é evidente que há outras em que não há ruptura” afirma.

Além disso, “com a conjuntura actual é necessário olhar para a câmara municipal e para o tecido económico da cidade de uma forma diferente”.Apesar de ter consciência que vai exercer o cargo em tempo de vacas magras, António Branco também considera que as dificuldades são motivadoras e está convicto que o plano de saneamento financeiro recentemente aprovado que tem associado uma série de medidas para conseguir a sustentabilidade da autarquia, serão instrumentos importantes para permitir continuar a desenvolver o concelho.

Dos dossiers que vai passar a gerir, o que lhe causa maior preocupação é a incerteza do futuro do Metro de Mirandela.“Eu não me comprometo com nenhum cenário até haver compromissos escritos, assinados e assumidos de forma clara por todas as entidades” garante e adianta que “na próxima semana terei reuniões com a CP e com a REFER para saber qual é a opção desses dois parceiros e estabelecer um caderno claríssimo em relação esse assunto”.

Outro dossier difícil de gerir será a instabilidade no matadouro do Cachão, admitindo que, para equilibrar as contas será necessário negociar rescisões amigáveis com alguns funcionários. A par das suas novas funções, António Branco vai continuar a ser presidente da AOTAD, mas admite a saída no mês de Novembro, na altura em que se realiza em Mirandela o simpósio nacional da olivicultura.

A primeira entrevista do novo presidente da câmara de Mirandela, cargo que ocupa desde o início da semana.

Escrito por CIR

[Fonte: Rádio Brigantia]