quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Cidade: Pais e alunos da secundária protestam contra adiamento das obras de requalificação
Estabelecimento de ensino com cerca de mil alunos não tem nenhuma intervenção de fundo desde 1977. Fruto desse abandono, chove nas salas de aula, a caixilharia está podre, várias portas e mesas partidas e o laboratório não oferece segurança. O protesto saiu à rua e nem o presidente da câmara faltou.
Centenas de alunos, pais, professores, membros do conselho executivo da escola secundária de Mirandela e até representantes de todos os partidos políticos, manifestaram-se, ontem, ao final da tarde, em protesto contra a falta de condições daquele estabelecimento de ensino.
"Estamos fartos de ter uma escola completamente degradada onde não existem condições dignas para os nossos filhos aprenderem", conta Sandra Sarmento, a presidente da associação de pais que promoveu a iniciativa.
"Chove nas salas de aula, os alunos têm de andar com baldes, as portas e mesas estão partidas e a caixilharia está completamente podre", afirma. Para além disso, chama a atenção para uma grave falta de segurança: "o laboratório está obsoleto e existe até perigo de haver alguma explosão, dado que está mal acondicionado o material altamente inflamável", conta.
O presidente da associação que representa os mais de 1000 alunos juntou-se ao protesto solidário com as reivindicações. "A situação é de tal forma grave que até já crescem cogumelos nas salas, chove como na rua e é normal andarem baratas no chão", afirma Daniel Sá.
Este protesto é o culminar de quatro longos anos à espera de obras de requalificação, com projectos já realizados e um concurso anulado.
Chegou a constar na lista da terceira fase de requalificação do parque escolar iniciada pelo anterior governo socialista, mas com a entrada em funções da equipa liderada por Pedro Passos Coelho, todo o processo foi suspenso por tempo indeterminado.
Depois várias cartas escritas para as entidades ligadas à educação, sem qualquer resultado prático, a direcção da associação de pais da escola decidiu avançar para este protestou
"Exigimos que seja reposta a justiça. Ou se faz agora alguma coisa, ou então vamos cair no esquecimento", sustenta Sandra Sarmento.
Também o presidente do Município fez questão de marcar presença nesta jornada de protesto. "É justo o protesto, porque já estudei aqui há muitos anos e a escola é a mesma sem qualquer tipo de intervenção de fundo", refere o autarca social democrata, António Branco, que pretendeu com a sua presença ajudar a pressionar no sentido de desbloquear a intervenção necessária para a escola.
[Fonte: Jornal de Notícias]
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